Adenite sebácea canina
Escrito por Elad Perry
O que é adenite sebácea? Embora seja uma doença desconhecida por muitos médicos-veterinários, este artigo descreve tudo o que precisamos saber.
Pontos-chave
A adenite sebcea canina uma dermatopatia rara, caracterizada por inflamao e destruio das glndulas sebceas.
O diagnstico definitivo baseia-se no histrico, na apresentao clnica caracterstica e no exame histopatolgico.
Os sinais clnicos variam de acordo com a raa, mas costumam incluir alopecia, eritema, presena de cilindros foliculares e, em casos mais graves, infeces secundrias.
As opes teraputicas so sistmicas e tpicas, mas o prognstico varia, dependendo da gravidade e da resposta ao tratamento.
Introdução
A adenite sebácea canina em cães é uma doença cutânea distinta, caracterizada por uma patogênese inflamatória que afeta principalmente as glândulas sebáceas, causando sua degeneração [1]. Qualquer médico-veterinário, em qualquer lugar do mundo, pode se deparar com esse tipo de caso. Por isso, é essencial ter uma compreensão abrangente sobre esse distúrbio para prestar o atendimento ideal. Este artigo descreve a adenite sebácea, incluindo a apresentação clínica, o diagnóstico, os tratamentos disponíveis e o prognóstico, com o objetivo de ajudar os médicos-veterinários no manejo dessa condição complexa e desafiadora.
Etiologia
O termo “adenite sebácea” refere-se à inflamação e subsequente destruição das glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de sebo, substância oleosa que ajuda a manter a saúde da pele e dos pelos [1],[2]. Embora a etiologia exata da adenite sebácea canina não seja completamente conhecida, acredita-se que ela tenha uma origem multifatorial. Há fortes suspeitas de que a predisposição genética desempenhe um papel importante no desenvolvimento dessa doença [1]. Em algumas raças, como o Akita e o Poodle, assume-se que a adenite sebácea segue um padrão de herança autossômica recessiva, e estudos em andamento buscam identificar marcadores genéticos específicos e mutações que podem contribuir para a suscetibilidade de determinadas raças [3],[4],[5].
Além dos fatores genéticos, acredita-se que a disfunção imunológica contribua em grande medida para a etiologia [1]. A destruição glandular está relacionada com uma resposta imune mediada por células direcionadas aos componentes das glândulas sebáceas. A análise imuno-histológica de amostras de pacientes acometidos mostrou a presença de células dendríticas apresentadoras de antígenos e células T concentradas na porção média do folículo, estendendo-se até o ducto sebáceo [6]. Esse fato sugere claramente uma patogênese imunomediada, e a resposta positiva frequentemente observada ao tratamento com ciclosporina apoia ainda mais essa teoria.
Outros possíveis fatores que contribuem para a etiologia envolvem anormalidades no metabolismo lipídico, armazenamento defeituoso de lipídios ou distúrbios de queratinização, os quais podem levar à obstrução dos ductos sebáceos e subsequente inflamação causada pelo extravasamento de lipídios [1]. Além disso, diversos fatores ambientais, incluindo eventos estressantes, como no caso de doenças, anestesia geral, intervenções cirúrgicas e exposição ao calor, podem iniciar ou exacerbar esse quadro de adenite sebácea [1],[3]. Ademais, a exposição à luz solar pode agravar ainda mais a doença (fotoagravamento) [1]. Portanto, é fundamental compreender a possível implicação desses fatores para o diagnóstico e tratamento da adenite sebácea.
Identificação
A adenite sebácea canina é uma doença cutânea rara e complexa que afeta principalmente certas raças como Poodle Standard, Akita, Samoieda, Havanês e Vizsla, embora também possa afetar cães sem raça definida [1],[7]. De modo geral, é observada em cães adultos jovens ou de meia-idade, mas pode ser vista em cães de qualquer idade. Não foi observada nenhuma predisposição sexual [1],[7].
Apresentação clínica
Os sinais clínicos e a gravidade da adenite sebácea podem variar significativamente de um cão para outro, embora a raça também exerça uma influência [8]. Em raças de pelo curto, como Vizsla, Pinscher Miniatura e Dachshund, as lesões clínicas na pele tipicamente começam com um padrão anular, caracterizado por perda de pelo e eritema. Essas lesões costumam exibir uma descamação fina, branca e não aderente (Figura 1). Com o passar do tempo, as lesões podem aumentar perifericamente, adquirindo um aspecto policíclico, ou coalescer em áreas maiores (Figura 2) [1],[6].
Elad Perry
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As lesões cutâneas associadas à adenite sebácea geralmente apresentam um padrão simétrico e afetam determinadas áreas do corpo. Entre as áreas acometidas com maior frequência estão os pavilhões auriculares (Figura 3), a face (Figura 4), a cabeça e o dorso [1],[9]. Nos casos mais graves, pode-se observar inflamação da orelha externa (otite externa), e já foi descrita a presença de lesões ulcerativas nos pavilhões auriculares [10]. Além disso, recentemente foi publicado o caso de um cão com adenite sebácea que apresentava blefarite e disfunção das glândulas meibomianas [11].
Elad Perry
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Um sinal característico da adenite sebácea é a presença de cilindros foliculares, cuja visibilidade pode variar. Esses cilindros caracterizam-se por grupos de pelos emaranhados, recobertos por uma bainha de restos (debris) de queratina (Figuras 5 e 6). Esses restos permanecem aderidos ao pelo acima do poro folicular. Embora essa característica não seja totalmente específica, pode ser muito útil para o diagnóstico da doença [3],[12].
Courtesy of Dr Caroline Lonard
Cortesia de Dra. Pavlina Bouza-Rapti
Embora se possam observar graus variados de prurido nos cães acometidos, esse sinal não é considerado característico da condição, a menos que haja piodermite secundária [2],[7]. Entretanto, cabe ressaltar que o autor constatou a presença de prurido em cães com adenite sebácea mesmo na ausência de piodermite secundária. Além disso, em um estudo em que foram revisados os históricos clínicos de 24 cães com adenite sebácea, observou-se que 19 deles apresentavam prurido e apenas 8 tinham piodermite superficial concomitante [13].
Em raças de pelo longo, como Akita, Poodle e Samoieda, a adenite sebácea pode se manifestar de forma semelhante às raças de pelo curto. A pelagem tem uma aparência opaca e áspera em virtude da baixa produção de sebo. Isso é mais pronunciado em raças de pelo longo do que naquelas de pelo curto e, geralmente, afeta a cabeça, os pavilhões auriculares, o pescoço, o dorso, e a cauda. É comum a perda de pelo com ou sem eritema, levando a áreas alopécicas visíveis, principalmente no dorso, na cauda e no pescoço (Figuras 7, 8 e 9) [7],[12].
Cortesia da Dra. Tamara Weitzer
Cortesia do Dr. Ronnie Kaufmann
Cortesia do Dr. Ronnie Kaufmann
Nas raças de pelo longo, também podem ser observadas alterações na cor e na textura dos pelos, passando de cacheados a ondulados ou lisos. Essas alterações podem evoluir para uma pelagem de má qualidade, opaca e quebradiça. O acúmulo de células mortas da pele e o emaranhamento dos pelos podem criar um ambiente propício ao desenvolvimento de infecções cutâneas bacterianas secundárias, causando prurido e desconforto nos cães afetados [1],[7].
Diagnóstico
É essencial diferenciar a adenite sebácea de outras dermatopatias que podem se manifestar de forma semelhante. O diagnóstico diferencial deve incluir dermatite atópica, leishmaniose (em áreas endêmicas) e outras doenças infecciosas como dermatofitose, demodicose, e foliculite bacteriana. Distúrbios cutâneos imunomediados, como pênfigo foliáceo e lúpus eritematoso cutâneo, também devem ser considerados. Além disso, desequilíbrios hormonais, deficiências nutricionais (como deficiência de zinco ou ácidos graxos) e distúrbios responsivos aos alimentos (como dermatose responsiva ao zinco ou dermatose responsiva à vitamina A) também podem ter uma apresentação clínica que mimetiza a adenite sebácea [1],[7].
Considerando a lista dos possíveis diagnósticos diferenciais e a variabilidade dos sinais clínicos associados à adenite sebácea, é essencial uma abordagem abrangente e exaustiva para confirmar o diagnóstico. O primeiro passo consiste em realizar um exame clínico completo e minucioso em busca de sinais característicos como lesões anulares, perda de pelos, eritema e presença de cilindros foliculares. A distribuição das lesões cutâneas e sua simetria também são importantes e indicativas dessa doença.
Um tricograma pode ser feito com os pelos arrancados da área afetada para detectar anormalidades na haste pilosa. Nos casos de adenite sebácea, esses pelos podem apresentar um aspecto ceroso característico, com suas raízes possivelmente preenchidas com queratina (cilindros foliculares). Além disso, quando combinado com raspado de pele, esse procedimento pode ajudar a descartar parasitas foliculares, como os ácaros Demodex.
O exame citológico das lesões cutâneas pode revelar a presença de infecções secundárias ou células inflamatórias. Essas informações podem ser úteis para avaliar a extensão da doença e elaborar o plano terapêutico. Em alguns casos, amostras de sangue podem ajudar a descartar doenças subjacentes com sinais clínicos semelhantes aos da adenite sebácea (por exemplo, leishmaniose em áreas endêmicas ou desequilíbrios hormonais).
Para confirmar o diagnóstico definitivo, geralmente se recomenda a realização de biopsia de pele. Embora os achados histopatológicos da adenite sebácea sejam altamente variáveis, é comum observar a ausência difusa de glândulas sebáceas e a presença de inflamação perifolicular granulomatosa a piogranulomatosa do istmo. Linfócitos, mastócitos, plasmócitos e eosinófilos também podem ser observados como componentes do infiltrado dérmico direcionado à glândula sebácea. Achados adicionais podem incluir hiperqueratose ortoqueratótica, queratose folicular, e acantose (Figura 10) [2],[14],[15].
A adenite sebácea pode ser idiopática ou secundária a outras doenças inflamatórias da pele, como a leishmaniose canina – que, em áreas endêmicas, faz parte do diagnóstico diferencial. Do ponto de vista histológico, tanto na leishmaniose canina como na adenite sebácea idiopática, pode-se observar uma inflamação granulomatosa ou piogranulomatosa das glândulas sebáceas; em um estudo recente, entretanto, constatou-se que ambas as condições podem ser diferenciadas ao exame histopatológico [14]. De acordo com esse estudo, a adenite sebácea secundária à leishmaniose é caracterizada histologicamente pela presença de infiltrado dérmico nodular a difuso e lesões epidérmicas e subepidérmicas na ausência de hiperqueratose e queratose folicular acentuadas, ao passo que, na adenite sebácea idiopática, a inflamação geralmente é limitada às glândulas sebáceas, e os quadros de hiperqueratose e queratose folicular são frequentemente observados.
Elad Perry
Opções terapêuticas
O tratamento da adenite sebácea em cães requer uma abordagem abrangente e detalhada. O principal objetivo do tratamento é reduzir o acúmulo excessivo de escamas e melhorar a qualidade da pelagem, além de diminuir a inflamação e lesões nas glândulas sebáceas. Essa abordagem multifacetada não só contribui para o manejo eficaz da condição, mas também melhora o bem-estar geral e a aparência do cão. As opções terapêuticas podem ser sistêmicas e/ou tópicas, dependendo da gravidade da doença e das considerações individuais do paciente. É importante ter em mente que não existe uma abordagem única aplicável a todos os pacientes e, muitas vezes, é necessário um acompanhamento periódico para ajustar o tratamento inicial e obter os melhores resultados.
A ciclosporina é um imunossupressor comumente utilizado no tratamento da adenite sebácea. Esse agente desempenha um papel crítico na modulação da resposta imune anormal desencadeada pela adenite sebácea e também pode induzir hipertricose, reduzindo potencialmente a obstrução do infundíbulo folicular pelo tampão de material queratinoso nos cães acometidos. Foi demonstrado que a administração em doses de 5 mg/kg/dia diminui de maneira eficaz a inflamação associada à adenite sebácea [16], e, na maioria dos casos, a dose pode ser reduzida gradualmente assim que os sinais clínicos desaparecerem. Contudo, é fundamental ressaltar que o tratamento a longo prazo é essencial para o controle da doença [16].
Em particular, a combinação do tratamento tópico com a ciclosporina pode produzir um benefício sinérgico, impactando positivamente tanto a descamação como a alopecia, ao mesmo tempo em que se reduz a inflamação das glândulas sebáceas.17 Além disso, a ciclosporina pode promover uma melhor regeneração das glândulas do que apenas com o tratamento tópico [17].
Os ácidos graxos essenciais, administrados por via sistêmica ou tópica, demonstraram ser eficazes em certos pacientes [18]. Considerando seus efeitos colaterais geralmente leves, os ácidos graxos essenciais costumam ser considerados como uma opção inicial, seja de forma independente ou em combinação com terapias imunossupressoras.
A vitamina A (retinol) e os retinoides sintéticos, derivados da vitamina A, são descritos no tratamento da adenite sebácea, embora com graus variados de sucesso [13],[19]. Além de apresentarem propriedades anti-inflamatórias, esses compostos desempenham um papel essencial na proliferação e diferenciação dos queratinócitos, normalizando assim o processo de queratinização e promovendo a saúde da pele [20]. Os retinoides são utilizados com menor frequência em função da baixa disponibilidade desses fármacos e dos efeitos colaterais, incluindo ceratoconjuntivite seca, teratogenicidade, distúrbios gastrointestinais, e hepatotoxicidade. É fundamental monitorar de perto o paciente para detectar qualquer um desses efeitos [20].
Relatos anedóticos (ou seja, sem comprovação científica) sugerem que a combinação de tetraciclina e niacinamida orais possa produzir resultados positivos em alguns casos. Cães com peso inferior a 25 kg costumam receber os dois fármacos na dose de 250 mg a cada 8 horas, enquanto a dose em cães com peso superior a 25 kg é de 500 mg para cada fármaco com intervalo semelhante [7].
Além do tratamento sistêmico, a terapia tópica costuma ser útil não só no alívio dos sinais clínicos, mas também na melhora da saúde da pele e da pelagem. O tratamento tópico desempenha um papel essencial, especialmente em casos leves ou como parte de um plano terapêutico abrangente, incluindo xampus, hidratantes, e banhos de imersão em óleo. Xampus especializados contendo enxofre e ácido salicílico fazem parte do tratamento da adenite sebácea e costumam ser usados 2 a 3 vezes por semana, com tempo de contato de 10 minutos antes do enxágue [1],[18]. Durante o banho, pode ser utilizada uma escova macia para ajudar a remover a descamação. Após o enxágue, pode-se aplicar um condicionador ou, então, borrifar ou enxaguar os pelos com propilenoglicol diluído a 50-75% [9],[18]. Às vezes, esses sprays são usados diariamente, seguidos de manutenção 2 ou 3 vezes por semana. O propilenoglicol atua como umectante, ajudando a reter a umidade [9],[18]. Além disso, também podem ser utilizados óleos de bebês, massageando os pelos com o óleo puro ou em uma diluição de 1:1 com água e deixando agir por 1 a 6 horas. Em seguida, o cão deve ser banhado com xampu ou sabonete líquido neutro para retirar o excesso de oleosidade [9].
O tratamento da adenite sebácea canina requer uma abordagem completa e abrangente, tendo como principais objetivos reduzir o acúmulo excessivo de escamas, melhorar a qualidade da pelagem, e diminuir a inflamação e lesões nas glândulas sebáceas.
Prognóstico
O prognóstico para cães com adenite sebácea pode variar, dependendo de vários fatores, como gravidade da condição, resposta ao tratamento, e estado geral de cada animal. Nos casos leves, em que os sinais clínicos são relativamente limitados e respondem ao tratamento, o prognóstico costuma ser mais favorável. Com o devido tratamento, os cães afetados podem ter uma boa qualidade de vida, com uma melhora notável na saúde da pele e da pelagem. Contudo, em casos mais graves e avançados de adenite sebácea, o prognóstico pode ser reservado. Embora existam várias opções terapêuticas para aliviar os sinais clínicos e melhorar a qualidade de vida, é importante reconhecer que a adenite sebácea costuma ser uma doença crônica. O tratamento a longo prazo é muitas vezes necessário, embora possam ocorrer recidivas mesmo durante o curso terapêutico [6],[8]. Portanto, é fundamental que os tutores e médicos-veterinários trabalhem juntos para traçar um plano de tratamento adaptado a cada caso. Para garantir o melhor prognóstico possível, costuma-se realizar um acompanhamento regular do paciente, com ajustes no esquema de tratamento e, apesar da natureza crônica da doença, muitos cães podem desfrutar de uma boa qualidade de vida com a aplicação dos devidos cuidados e o fornecimento de terapia apropriada.
Considerações finais
A adenite sebácea canina é uma doença cutânea complexa com diversas manifestações clínicas. A etiologia é multifatorial, envolvendo predisposição genética, disfunção do sistema imunológico, e fatores ambientais. O diagnóstico requer uma abordagem detalhada e abrangente, e as opções terapêuticas incluem a administração de fármacos imunossupressores sistêmicos e tratamentos tópicos. O prognóstico é variável e, muitas vezes, é necessário instituir um tratamento a longo prazo adaptado a cada paciente para otimizar sua qualidade de vida.
Elad Perry
BSc, DVM, Dipl. ECVD, Hospital-Escola Veterinário, Faculdade Koret de Medicina Veterinária, Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel
Israel
O Dr. Elad Perry se formou em 2011 na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Hebraica, onde posteriormente fez estágio. Depois de atuar por quatro anos como clínico veterinário geral, ele concluiu residência em dermatologia, obtendo a certificação do conselho em 2023. Elad Perry presta serviços de dermatologia em clínicas particulares e centros de referência em Israel, além de contribuir ativamente para a formação de estudantes de medicina veterinária no Departamento de Dermatologia do Hospital Veterinário Universitário.
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