Prescrição Sustentável – 1 / Medicamentos veterinários e seu impacto ambiental
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O uso de medicamentos veterinários em cães e gatos tem muitas implicações ambientais e pode contribuir para o desenvolvimento de resistências, embora muitas incógnitas ainda permaneçam em função das pesquisas limitadas nessa área.

Pontos-chave
Muitos medicamentos são excretados via urina ou fezes e podem contaminar o solo e os cursos d’água, afetando negativamente os organismos expostos ou gerando resistências.
Embora a maioria dos medicamentos tenha baixa toxicidade aguda, eles podem produzir efeitos crônicos em baixas doses em virtude de sua formulação biologicamente ativa.
Produtos químicos eternos” podem se acumular na água, no solo e em microrganismos biológicos, levantando preocupações sobre seu possível impacto na saúde humana.
A exposição a antibióticos exerce uma pressão seletiva que promove a disseminação de genes de resistência na população microbiana.
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Introdução
Nos últimos anos, tem havido uma crescente conscientização sobre os efeitos dos medicamentos utilizados em animais domésticos no meio ambiente e na geração de resistência aos seus efeitos. Este é o primeiro artigo de uma série de três partes que aborda o impacto dos medicamentos veterinários na contaminação do ambiente e no desenvolvimento de resistência. O segundo artigo descreve como esses medicamentos podem ser mais bem monitorados e geridos na clínica, enquanto o terceiro e último artigo sugere as medidas necessárias para garantir a eficácia desses agentes e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente.
Qual é a magnitude do problema?
Traços de medicamentos veterinários usados no tratamento de animais foram identificados em diversos locais. Como se trata de compostos biologicamente ativos, elaborados para interagir com vias bioquímicas, as implicações dessa contaminação podem ser significativas. Por exemplo:
- Organismos como invertebrados podem ser expostos a esses medicamentos, resultando em uma redução populacional, com a consequente perda de biodiversidade e danos à integridade ambiental.
- A contaminação por antimicrobianos pode promover o desenvolvimento de resistência pela exposição dos microrganismos a concentrações de fármacos abaixo do seu efeito terapêutico. Essa resistência pode se propagar entre populações e acabar sendo reintroduzida em espécies humanas e veterinárias.
A contaminação ambiental com produtos farmacêuticos de uso humano está se tornando uma preocupação global. Em um estudo em larga escala de rios ao redor do mundo, demonstrou-se que esses contaminantes representam uma ameaça aos ecossistemas ou à saúde humana em mais de um quarto dos 258 rios estudados.1 Até pouco tempo, o risco de contaminação ambiental por produtos farmacêuticos usados em pets era considerado insignificante.2 No entanto, um número crescente de estudos questiona essa hipótese. Em estudos conduzidos no Reino Unido, verificou-se uma relação entre a contaminação generalizada da água doce com fipronil e imidacloprida e o uso desses pesticidas em antiparasitários tópicos para pets. Foram identificadas diversas vias de contaminação dos cursos d’água, incluindo escoamento de águas pluviais de domicílios com pets tratados e contaminação direta por cães que nadam ao ar livre (Figura 1).3-5 As preocupações com a exposição ambiental não se limitam aos cursos d’água, já que foi encontrada uma alta prevalência desses antiparasitários em ninhos de pássaros construídos com pelos de animais (Figura 2) e em residências de pets que receberam tratamento antiparasitário.6

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Até o momento, as pesquisas se concentraram principalmente no fipronil e na imidacloprida, o que levanta algumas questões sobre a possível contaminação ambiental por outros medicamentos utilizados em pequenos animais. Todavia, as potenciais vias de contaminação ambiental, em particular pela urina e fezes, ainda não foram suficientemente estudadas. Muitos medicamentos veterinários comumente usados, como antibióticos e antiparasitários, são eliminados inalterados ou na forma de metabólitos pela urina ou fezes.7 Essas substâncias podem contaminar o solo ou se infiltrar em cursos d’água por lixiviação, afetando os organismos expostos ou contribuindo para o desenvolvimento de resistências. A vigilância do meio ambiente, sobretudo do solo onde esses compostos podem se acumular, é praticamente inexistente; portanto, a real extensão da contaminação por medicamentos utilizados em pequenos animais permanece pouco compreendida e, muitas vezes, uma avaliação detalhada dos riscos ambientais não é realizada antes que muitos medicamentos sejam aprovados para comercialização.8

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Embora a maioria dos produtos farmacêuticos apresente baixa toxicidade aguda, sua formulação biologicamente ativa pode exercer efeitos crônicos em baixas doses, e a contaminação ambiental com tais produtos representa riscos para organismos e ecossistemas não alvos. Por exemplo, a exposição crônica a alguns esteroides humanos (por exemplo, estrogênio) é associada à disfunção sexual em populações de peixes selvagens (i. e., em seu habitat natural).12 A contaminação por antibióticos em ambientes aquáticos pode reduzir a diversidade microbiana em geral, interromper o ciclo do carbono e levar ao aumento da presença de espécies bacterianas tóxicas, como cianobactérias, e à eutrofização (o processo pelo qual um corpo hídrico se torna demasiadamente enriquecido com nutrientes, levando ao crescimento excessivo de plantas simples, como algas) em ambientes de água doce.13 Os antiparasitários são motivo de especial preocupação, pois têm como objetivo matar os invertebrados em concentrações muito baixas e muitas vezes persistem no ambiente. Alguns, como o fipronil e as isoxazolinas, são classificados como substâncias perfluoroalquílicas e polifluoroalquílicas (PFAS) em função da presença de grupos metilfluorados em sua estrutura química. Os produtos químicos PFAS, também conhecidos como "produtos químicos eternos", têm a capacidade de se acumular na água, no solo e em organismos biológicos, levantando preocupações sobre seus possíveis danos à saúde humana.14 O fipronil e a imidacloprida receberam maior atenção entre os antiparasitários para pequenos animais em relação a resíduos e riscos ambientais associados. Eles são extensivamente monitorados por meio de estudos ambientais e pesquisas ecotoxicológicas, basicamente em função de seu tradicional uso agrícola antes da implementação de regulamentações mais rigorosas. Ambos os compostos são altamente tóxicos para uma ampla gama de invertebrados aquáticos e terrestres, desempenhando um papel crucial no ecossistema, como decomposição e ciclagem de nutrientes, além de servirem como alimento para uma grande variedade de espécies. O fipronil e a imidacloprida também podem ser tóxicos para espécies de vertebrados (particularmente aves e peixes) e exercer efeitos subletais, como redução do crescimento e da capacidade reprodutiva (Figura 2).15 As vias de emissão e a ecotoxicidade de outros medicamentos veterinários usados em animais de companhia foram pouco estudadas, pois a atual estrutura regulatória internacional pressupõe uma exposição ambiental insignificante.
Outro aspecto preocupante são os possíveis riscos à saúde de profissionais veterinários e tutores de pets associados à exposição crônica e repetida a antiparasitários de aplicação tópica. A exposição crônica a pesticidas está associada a uma série de doenças, incluindo distúrbios neurodegenerativos, como doença de Parkinson e câncer, e mesmo níveis baixos de exposição podem ter um efeito negativo no desenvolvimento inicial de crianças.16 Resíduos de fipronil e imidacloprida foram detectados nas mãos de pessoas em contato com esses compostos 28 dias após a aplicação,6 embora nenhum estudo tenha analisado os possíveis efeitos sobre a saúde decorrentes da exposição a esses ou a outros antiparasitários aplicados por via tópica, como fluralaner, moxidectina ou selamectina.
A maior parte da atenção tem se concentrado no uso veterinário de antibióticos e antiparasitários, bem como em seus efeitos no ambiente e nos níveis de resistência. Contudo, outros medicamentos também podem representar uma ameaça; por exemplo, os quimioterápicos antineoplásicos são frequentemente excretados na urina e nas fezes dos animais. Isso representa um risco de exposição ocupacional tanto no ambiente hospitalar como no doméstico quando os animais retornam para casa após o tratamento, já que seu ambiente natural provavelmente ficará exposto a esses agentes, mesmo com o descarte cuidadoso das fezes. Embora a maioria dos agentes antineoplásicos seja utilizada na medicina humana, o papel das espécies veterinárias nessa dispersão já foi reconhecido; por exemplo, a transferência de platina foi observada em clínicas veterinárias e de oncologia humana fora das áreas onde os medicamentos antineoplásicos eram manipulados.17
Possíveis rotas de contaminação ambiental, em particular através de urina e fezes, ainda não foram suficientemente estudadas.
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Riscos ambientais dos medicamentos veterinários
O uso generalizado de antibióticos na medicina humana e veterinária tem contribuído para a presença de microrganismos resistentes a antimicrobianos no meio ambiente, bem como no ambiente clínico. A fração populacional atribuível (a contribuição de um fator de risco específico [p. ex., contaminação ambiental] para uma doença [p. ex., infecção multirresistente]) pode ser usada para determinar o risco à saúde de um fator em particular. Embora o risco relativo do ambiente não tenha sido calculado, existem mecanismos pelos quais baixas concentrações de antibióticos no ambiente podem contribuir para a resistência antimicrobiana.
Patógenos resistentes podem surgir de uma nova mutação ou da aquisição de material genético de outras bactérias, incluindo espécies comensais não patogênicas (transferência horizontal de genes). Além disso, a exposição a um nível subinibitório de antibiótico pode induzir à resistência adaptativa em bactérias,10 e o mecanismo envolvido nessa resistência pode refletir uma modulação na expressão gênica após mudanças ambientais.11 As bactérias devem sofrer reversão para um fenótipo não resistente após a remoção do sinal indutor, pois há um gasto biológico para manter esses mecanismos de resistência.10 Com o tempo, no entanto, o aumento gradual das concentrações inibitórias mínimas pode levar a maior resistência adaptativa, destacando os perigos da contaminação ambiental.
O uso generalizado de antibióticos na medicina humana e veterinária levou ao desenvolvimento de organismos resistentes a antimicrobianos no meio ambiente, bem como no ambiente clínico.
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Risco de resistência a medicamentos veterinários
Qualquer exposição a antibióticos favorece a sobrevivência de microrganismos resistentes e exerce uma pressão seletiva que estimula a disseminação de genes de resistência na população microbiana. Bactérias resistentes e genes de resistência circulam por todo o ecossistema, representando uma ameaça contínua à saúde humana e animal. O aumento da resistência antimicrobiana reduz a eficácia dos tratamentos antimicrobianos e aumenta a ocorrência de falha terapêutica e a gravidade da infecção.18 A redução das opções terapêuticas aumenta a probabilidade do aparecimento de efeitos adversos derivados do tratamento, bem como a morbidade e a mortalidade dos pacientes. Aproximadamente 60% de todos os patógenos e até 75% das doenças humanas emergentes são zoonóticas,19 e o uso de antibióticos em animais pode levar ao desenvolvimento de resistência em patógenos zoonóticos. De fato, uma ampla variedade de bactérias multirresistentes foi descrita em animais de companhia, e a transmissão para humanos foi documentada.20
Ao contrário da resistência a antibióticos, a resistência a antiparasitários em pequenos animais permanece rara, e há várias razões para isso. O surgimento de resistência em parasitas de pequenos animais pode ser mais lento devido à alta população desses parasitas em refúgios de vida selvagem,21 às diferentes condições de criação (por exemplo, individual versus em grupo) e à administração menos intensiva de antiparasitários. A resistência a antiparasitários pode passar despercebida em pequenos animais, especialmente no caso de endoparasitas, visto que a infecção por esses parasitas pode ser assintomática, e há pouca vigilância.22 No caso de pulgas, a falha do tratamento costuma ser atribuída à aplicação incorreta ou ao cumprimento inadequado das instruções; sem uma investigação apropriada, no entanto, a presença de resistência antiparasitária pode passar despercebida. O monitoramento de rotina da resistência antiparasitária em pets é praticamente inexistente em todo o mundo, e os estudos em cães e gatos são muito limitados.22
O desenvolvimento de resistência a ectoparasitários também é preocupante; nos últimos anos, vem sendo descrita a resistência a vários acaricidas, incluindo o fipronil, em carrapatos encontrados em cães em vários países.
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Em pequenos animais, entretanto, a resistência a endoparasitários está se tornando gradualmente mais comum. Ancilostomídeos multirresistentes (Ancylostoma caninum) foram identificados em galgos de corrida, e a resistência ao fembendazol é amplamente difundida em cães nos Estados Unidos.23 Da mesma forma, a resistência a pirantel e a benzimidazol em A. caninum é largamente disseminada na Austrália.24 A resistência ao praziquantel também foi descrita em Dipylidium caninum nos EUA, e o primeiro caso suspeito de resistência na Europa foi relatado recentemente.25
O desenvolvimento de resistência a ectoparasitários também é preocupante; nos últimos anos, a resistência a diversos acaricidas, incluindo o fipronil, foi descrita em carrapatos encontrados em cães em diversos países, como Brasil, EUA e Tailândia (Figura 4). As pulgas são resistentes a muitos agentes antiparasitários tradicionalmente utilizados, como carbamatos, organofosforados, piretroides, piretrinas e organoclorados,21 embora a resistência a ectoparasitários mais modernos, como o fipronil, também tenha sido descrita em cepas de campo e de laboratório.21 Estudos que demonstram a falta de eficácia generalizada do fipronil refletem uma crescente preocupação a respeito,26,27 mas o monitoramento limitado da presença de pulgas resistentes a ectoparasitários significa que a verdadeira extensão desse problema é desconhecida. É necessária uma maior vigilância para avaliar e mitigar a resistência antiparasitária emergente.

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Conclusão
Os medicamentos veterinários, particularmente antibióticos e antiparasitários, contribuem para a contaminação do ambiente e o desenvolvimento de resistência, representando riscos não só para os ecossistemas, mas também para a saúde humana e animal. Embora haja uma maior conscientização sobre esse problema, ainda existem lacunas significativas em termos de conhecimento, principalmente no que diz respeito às vias de contaminação e aos mecanismos de resistência. Para abordar esses problemas, há necessidade de um monitoramento mais eficiente do ambiente e um rastreamento das resistências, bem como uma prescrição mais responsável e pesquisas contínuas para proteger tanto a eficácia dos medicamentos como a integridade do meio ambiente.
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Rosemary Perkins
BVSc, PGCertSAOpth, PhD, MRCVS, School of Life Sciences, University of Sussex, Brighton, Reino Unido
A Dra. Perkins é médica-veterinária e pesquisadora na Universidade de Sussex. Ela obteve seu doutorado com pesquisas sobre as emissões ambientais de antiparasitários para cães e gatos, além de ser autora de inúmeras publicações sobre esse tema, incluindo a contaminação dos cursos d’água por produtos antiparasitários utilizados nesses pets por conta do descarte em águas residuais ou áreas de banho ao ar livre. Além de suas pesquisas, ela atua como médica-veterinária de pequenos animais. É membra ativa do grupo PREPP (Producing Rational Evidence for Parasiticide Prescription, Produção de Evidências Racionais para a Prescrição de Parasiticidas) do Imperial College e integra o grupo de trabalho sobre antiparasitários da VetSustain.
Fergus Allerton
BSc, BVSc, CertSAM, Dipl. ECVIM-CA, MRCVS, Willows Veterinary Centre & Referral Service, Solihull, Reino Unido
O Dr. Fergus Allerton se formou em Medicina Veterinária pela Universidade de Bristol em 2004 e, depois de trabalhar 6 anos em uma clínica particular de pequenos animais, ele concluiu residência em Medicina Interna na Universidade de Liège, na Bélgica. Atualmente, Fergus trabalha em um importante hospital veterinário de referência no Reino Unido e é membro do Comitê Terapêutico da WSAVA. Também colabora com a Rede Europeia para a Otimização do Tratamento Antimicrobiano Veterinário (ENOVAT) na gestão de medicamentos veterinários e contribuiu para a elaboração das recentes recomendações do PROTECT ME sobre o uso de antibióticos.
Ian Ramsey
BVSc, PhD, DSAM, Dipl. ECVIM-CA, FHEA, FRCVS, University of Glasgow Small Animal Hospital, Glasgow, Reino Unido
O Dr. Ramsey é professor do Departamento de Medicina de Pequenos Animais da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Glasgow. Depois de se formar na Faculdade de Medicina Veterinária de Liverpool, ele obteve seu doutorado pela Universidade de Glasgow e concluiu sua residência na Universidade de Cambridge. Além de ser especialista certificado pelo Royal College of Veterinary Surgeons e pelo European College of Veterinary Internal Medicine, Ramsey possui extensas publicações sobre diversos temas em medicina interna de pequenos animais. Em 2015, ele recebeu o Prêmio Woodrow da BSAVA por suas contribuições à medicina de pequenos animais e, em 2016, tornou-se membro do RCVS. Foi presidente da BSAVA e membro de diversas entidades profissionais, incluindo a Aliança Britânica para o Uso Responsável de Medicamentos em Animais de Companhia e Equinos (RUMA-CAE). Desde 2022, Ian participa da Anistia Internacional para Antibióticos.
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